Sabe-se que o estrogênio é um dos hormônios mais importantes no organismo feminino. Durante um período de baixa, muitos sintomas indesejáveis podem aparecer. Não significa que todas as mulheres terão esses incômodos, mas é importante saber que eles existem, para encontrar uma alternativa de tratamento.
 
"A baixa desse hormônio interage com substâncias químicas em receptores cerebrais que controlam o humor da mulher. Os níveis reduzidos podem deixar a mulher mais ansiosa e, em alguns casos, pode causar mau humor. A falta ou até mesmo a baixa desse hormônio pode afetar a pele, deixando-a mais ressecada”, comenta a professora Jaqueline Leite, docente do curso de Pós em Enfermagem Obstétrica.
 
Enfermagem Obstétrica é a área que aborda os cuidados e as medidas necessários para que sejam alcançados o bem-estar e a plena saúde da mulher. 
 
“O enfermeiro obstetra tem a expertise de identificar os sinais e sintomas da baixa de estrogênio, além de criar uma ambiência e um acolhimento adequados para a mulher”, complementa a professora Jaqueline.
 
 
Confira os 10 impactos da falta de estrogênio no organismo das mulheres
 
1. Aumento do peso
Com a diminuição da produção do estrogênio pelo ovário, essa tarefa acaba sendo feita pelas células de gordura. O corpo, então, passa a entender que é preciso fabricar mais células de gordura para manter os níveis hormonais em equilíbrio. Isso acaba refletindo nos números apontados na balança. 
 
2. Alterações no humor
O desequilíbrio hormonal também afeta o humor e o comportamento das mulheres. A TPM está aí para provar isso todos os meses. Ocorre que uma queda nessa produção acaba modificando também os níveis de neurotransmissores importantes, como a dopamina, a serotonina e a noradrenalina.
 
3. Infecções no sistema urinário
Existem alguns problemas típicos do trato urinário que costumam aparecer com maior frequência quando a mulher apresenta deficiência de estrogênio. 
 
4. Queda e ressecamento dos fios
O estrogênio é tudo para o cabelo: ajuda a manter sua força e vitalidade, com os fios mais saudáveis. A falta dele, é claro, proporciona justamente o oposto: queda dos cabelos e fios sem vida e sem brilho. É preciso investir pesado em alguns cuidados como hidratação, nutrição e queratinização.
 
5. Ondas de calor
Também provocados pela queda do estrogênio, os famosos fogachos, muito comuns em mulheres que entraram na menopausa, podem ser um problema ainda maior se você mora em lugares muito quentes ou secos. 
 
6. Insônia
Os problemas para ter uma noite tranquila também estão presentes aqui. Na verdade, a insônia é uma consequência das ondas de calor.
 
7. Doenças cardiovasculares
Como a deficiência de estrogênio afeta a distribuição de gordura corporal, ela também mexe com os níveis de triglicerídeos. Essas taxas acabam subindo, o que aumenta as chances de um ataque cardíaco (infarto) ou mesmo de um acidente vascular cerebral (AVC).
 
8. Cansaço
Um pequeno esforço pode deixar a mulher que apresenta baixos níveis de estrogênio extremamente cansada. Ainda que ela tenha acabado de ter um sono relaxante, o cansaço pode aparecer se uma atividade um pouco mais movimentada tiver de ser realizada.
 
9. Rugas e linhas de expressão 
O estrogênio também ajuda a melhorar a textura da pele e interfere na distribuição de proteínas como o colágeno (responsável pela elasticidade e consistência da pele). A queda desse hormônio facilita a formação de linhas de expressão e rugas, além de deixar a pele ressecada. Por conta disso, manter uma boa hidratação é essencial.
 
10. Problemas articulares 
Outra situação muito comum em mulheres durante o período da menopausa é o desenvolvimento de problemas nas articulações. Elas costumam ficar mais rígidas, pois a produção do líquido lubrificante que existe na região diminui. Isso aumenta o desgaste ósseo e também de partes moles, como os meniscos, amortecedores presentes no joelho. As consequências disso são dores e inflamações no local.
 
 
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Exames para detectar a baixa do estrogênio

"O exame para detectar a falta ou a baixa de estrogênio é através da coleta de sangue para detectar os níveis de estradiol. Na coleta de Papanicolau ou em uma consulta ginecológica de rotina, o enfermeiro tem que ter a percepção ou perguntar sobre os sinais e sintomas da baixa de estrogênio, e encaminhar a mulher para o ginecologista e obstetra ou para o endocrinologista”, afirma a professora Jaqueline Leite, sobre os exames necessários para detectar a baixa do hormônio.

A orientação geral é procurar um médico e relatar os sintomas, para que, com os exames adequados, possam ser identificadas e corrigidas as deficiências hormonais. “O ideal é que essa mulher seja encaminhada ao especialista (endocrinologista) para fazer dosagem adequada e ter melhor qualidade de vida”, conclui a professora Jaqueline. 


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