Centenário
de Vinícius de Moraes
por Rita Alves
No centenário
de um dos poetas mais queridos e conhecidos do Brasil, a pós-graduação Estácio
de Sá presta homenagem ao poeta, compositor e Diplomata Vinícius de Moraes.
Graduado em
Ciências Jurídicas e Sociais, ganhou bolsa do Conselho Britânico para estudar
no Reino Unido, na Universidade de Oxford, Língua
e Literatura Inglesas.
Prestou concurso
para o Ministério das Relações
Exteriores por duas vezes, foi aprovado na segunda e, em 1946, assume o
cargo de vice-cônsul, em 1950, em Los Angeles.
Viveu em Paris
e em Roma, a título de exercer sua função de cônsul, onde permaneceu até 1968,
quando se aposentou da carreira diplomática.
Transcrevo aqui
um trecho do texto de Carlos Castello Branco, publicado no site oficial do
poeta Vinícius de Moraes, em que se
questiona o motivo do afastamento de Vinícius da carreira diplomática:
“Já lançado com sucesso na música popular, tendo
feito shows no Rio, ele preferia continuar a vida de show-business e de compositor ao Itamarati. Depois
de 1965, a seu pedido, foi requisitado pelo governador de Minas, Israel
Pinheiro, para ficar, sem ônus, à disposição da Fundação Ouro Preto,
recém-fundada e dirigida por Murilo Rubião. O Itamarati o cedeu, também sem
ônus. O poeta prestou alguns serviços a Ouro Preto, onde se valia da casa de
Scliar e da de Rodrigo M. F. de Andrade.
Dois anos depois, pelo menos, esgotada a requisição, Vinicius ou voltava ao
Itamarati ou teria de se aposentar. Nascido em 1913, em 1968 tinha 55 anos.
Nessa altura sobreveio o AI-5, 1968. Vinicius esteve longamente em Lisboa, onde
já tinha se apresentado em um show ao lado de
Chico Buarque. Já tinha se apresentado também em Roma, em São Paulo e no Rio.
Entre “alcoólatras, pederastas e subversivos” então afastados da
carreira Vinicius teria sido “vagamente enquadrado nessa última
categoria”. Se foi, o nome dele consta de lista dos aposentados e punidos
pelo AI-5 em ato que, segundo o ritual autoritário, seria assinado pelo
presidente e por ministros. O arquivo do Itamarati deve ter o registro desse
memorando ou de qualquer papel de igual teor entre presidente e chanceler.”
Vinícius de Moraes, então, dedica-se integralmente
à poesia e à música, consolidando uma das mais relevantes obras da cultura
brasileira, aliando alta erudição à
cultura popular das músicas que estão e ficarão sempre em nosso imaginário mais
belo, questionador e profundo.
Nunca olhe para trás
(Vinícius de Moraes)
Chore, grite,
ame.
Diga
que valeu, que doeu, que daqui pra frente só vai melhorar.
Perdoe,
insista, ame novamente.
Não
leve a vida tão a sério.
Descomplique.
Quebre
regras, perdoe rápido beije lentamente.
Ame de
verdade, ria descontroladamente e nunca lamente nada que tenha feito você
sorrir…
Saiba mais sobre o nosso poetinha camarada: www.viniciusdemoraes.com.br.